terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sina
Obedientes
ao mundo
as pombas
ciscam.
Amanhã
o mundo pode
ruir...
Tudo precisa ser feito:
arrumar o ninho
por ovos, chocar...
O destino ordenou
para ter pressa
que a vida vale
o entardecer.
Observo a sina
atrás da cortina
da janela
choca-me a corrida
desigual:
sou pombo
que não tem asas
para fugir.
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